quarta-feira, 7 de março de 2007

Pesadelo - Candyda


Faltavam poucas horas pra doer tanto, quando eu comecei a pensar.
Meu pranto secou. Nessa hora ficou tudo seco dentro de mim.
Faltavam poucas horas pra sumir, quando eu acordei no pesadelo.
Muita neblina, uma noite escura, com mínimas estrelas apontado no céu. Uma nuvem espessa pairava, num paradoxo de textura e medo. A terra em pó, e as poucas árvores presentes estão bem ressecadas. Apenas os arbustos rasteiros conseguem sobreviver. Conseguem porque são rasos, podem se alimentar da superficialidade, não precisam entregar suas raízes as profundezas da terra. Momento em que juntas, a raiz e a terra, esperariam pela chuva doce encharcar de fertilidade o sol mais puro que possa nascer na manhã seguinte, mas esse cenário era só uma lembrança vaga dentro do pesadelo. Lá era sempre escuro, com noites intermináveis, e eu andava só, vivendo esse misto alucinate de medo e desejo, nessa moeda de troca entre o ID e o EGO que contamina feito praga.
De repente, acordar ao sol do meio dia, sentir falta do pesadelo e medo da luz.

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